Nasceu em 8 de maio de 1781, em Turim, na Itália. Filho de diplomata, morou em diversas cidades europeias, fixando-se em Portugal pela primeira vez em 1795. Estudou na Universidade de Coimbra, tendo ingressado no exército português em 1796. Em 1802 iniciou na carreira diplomática como conselheiro de seu pai, embaixador português em Roma. Com a morte do pai, em 1803, permanece como encarregado dos negócios junto à Cúria. Voltou a Portugal em 1805, encontrando uma conjuntura política conturbada em razão da ameaça das tropas napoleônicas. Favorável à aproximação com a Inglaterra, reintegrou-se às forças de defesa para lutar contra os franceses. Serviu em Madri entre 1809 e 1812 como ministro plenipotenciário, onde foi um dos principais negociadores de paz. Defendeu os interesses portugueses no embate sobre as questões territoriais de Olivença e do Rio da Prata no Congresso de Viena em 1815. Foi o ministro extraordinário do príncipe regente, d. João VI em Londres, em 1816. Nomeado para a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, assumiu o cargo em 1820, momento em que a revolução do Porto já estava em curso. Defensor da volta da corte para Portugal e da manutenção de Lisboa como metrópole do império luso, apresentou ao príncipe regente um projeto com as bases de uma constituição que assegurava a participação do monarca no Poder Legislativo. Sua proposta não foi seguida, o que o levou a demitir-se do cargo. Acompanhou d. João no regresso a Lisboa, em abril de 1821, tendo sido impedido de fixar-se em Portugal. Somente retornou à vida pública em 1823, quando foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. Foi demitido e preso no decurso do movimento absolutista liderado por d. Miguel, mas reassumiu o cargo de ministro com o exílio deste. Em 1825 retornou a Londres como embaixador, tendo assumido ainda diversos cargos em sua vida pública, como: presidente do Conselho de Ministros, ministro dos Negócios Estrangeiros, embaixador em Londres, senador e presidente da Câmara. Recebeu o título de conde em 1812, o de marquês em 1825 e o de duque de Palmela em 1833. Morreu em Lisboa, em 12 de outubro de 1850.


Bibliografia

CARVALHO, Maria Amália Vaz de. Vida do duque de Palmella: d. Pedro de Sousa e Holstein. v. 2. Lisboa: Imprensa Nacional de Lisboa, 1898.

MACEDO, Roberto. Sétimo ministro de Estrangeiros. In: História administrativa do Brasil. V. VI, parte VIIII. Rio de Janeiro: DASP, Serviço de documentação, 1964.

ROMEIRO, João. De d. João VI à Independência. São Paulo: Edaglit, 1962.