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Diogo Inácio de Pina Manique

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Nasceu em Lisboa, em 3 de outubro de 1733. Foi moço fidalgo e formou-se em leis pela Universidade de Coimbra, em 1758. Filho de Pedro Damião de Pina Manique e de Helena Inácia de Faria, casou-se com d. Inácia Margarida Umbelina de Brito Nogueira e Matos, filha legitimada do padre Nicolau de Matos Nogueira de Andrade, fidalgo cavaleiro da Casa Real (1773). Exerceu diversos cargos na administração portuguesa, como juiz do crime nos bairros do Castelo (1758) e Alfama (1765), desembargador da Relação e Casa do Porto (1768), desembargador dos Agravos da Casa de Suplicação (1771), fiscal da Junta da Administração da Companhia de Paraíba e Pernambuco (1774), superintendente-geral dos Contrabandos e Descaminhos dos Reais Direitos [1775], contador da Fazenda (1776), desembargo do Paço (1786), administrador-geral da Alfândega do Açúcar, provedor dos feitos das alfândegas do Reino (1781) e chanceler-mor Reino (1803). Apesar de usufruir da confiança de Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), o marquês de Pombal foi nomeado intendente-geral da Polícia da Corte e do Reino somente em 1780, após a queda de seu protetor, sob o reinado de d. Maria I (1777-1816). O cargo lhe dava estatuto de ministro e assento no Conselho Real, além de ampla jurisdição sobre uma gama variada de assuntos ligados à ordem pública, saneamento e ao controle do espaço e da população urbana. Defensor da monarquia e fortemente ligado à Igreja, foi ferrenho opositor da entrada e divulgação dos ideais revolucionários franceses, proibiu a circulação de publicações, perseguiu, prendeu e deportou grupos opositores ao regime, como artistas, intelectuais, agitadores políticos e livres pensadores. Na Intendência-geral da Polícia esteve à frente da criação da Guarda Real de Polícia (1801), da Real Casa Pia de Lisboa (1780), destina à educação de órfãos e à recuperação de ‘vadios’ pelo trabalho, da introdução do primeiro sistema de iluminação de Lisboa e do Teatro de S. Carlos (1793). Em 1803 foi demitido dos cargos de intendente-geral da Polícia da Corte e do Reino, administrador-geral da d. Maria I e feitor-mor das Alfândegas do Reino por desavenças com o general João Lannes, embaixador francês em Portugal, a pedido de Napoleão Bonaparte. Morreu em Lisboa, Portugal, em 30 de junho de 1805.

 

Bibliografia
ABREU, Laurinda. ‘Um sistema antigo num regime novo: permanências e mudanças nas políticas de assistência e saúde (1780-1840). O caso do Alentejo’. FONSECA, Teresa; FONSECA, Jorge. In: O Alentejo entre o Antigo Regime e a Regeneração. Mudanças e permanências. Lisboa: Edições Colibri/Cidehus, 2011, p. 141-175.

ESTEVES, Alexandra Patrícia Lopes. “A assistência à infância desvalida no Alto Minho oitocentista. O caso do Asilo de Infância Desvalida D. Maria Pia de Ponte”. In: REVISTA ANGELUS NOVUS, USP – Ano V, n. 8, pp. 31-56, 2014. Disponível em: <https://goo.gl/14E0dQ> . Acesso em: 28 abr 2016.

FERNANDES, Paulo Jorge; MAGALHÃES, A. M. e ALÇADA, I. As invasões francesas e a corte no Brasil. Lisboa: Editorial Caminho, 2011.

TAVARES, Adérito. A casa pia de Lisboa: breve síntese histórica. Disponível em: <https://goo.gl/PjGKDq> . Acesso em: 7 maio 2016.

RODRIGUES, Neuma Brilhante. “Para a utilidade do estado e “glória à nação”: a real casa pia de Lisboa nos tempos de Pina Manique (1780-1805)”. In: Revista Territórios e Fronteiras V.1 N.2 – Jul/Dez 2008 Programa de Pós-Graduação – Mestrado em História do ICHS/UFMT. Disponível em: <https://goo.gl/xJBktj> . Acesso: 16 maio 2016.

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