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Jean-Baptiste Debret

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Nasceu em Paris, França, em 18 de abril de 1768. Ingressou, em 1783, no ateliê de Jacques-Louis David, mestre do neoclassicismo francês, de quem era primo e discípulo e a quem acompanhou em sua segunda viagem à Itália, onde permaneceu por um ano. De volta a Paris, manteve-se vinculado à escola davidiana, realizando trabalho de pintura neoclássica destinada à exaltação política do período revolucionário. Realizou estudos na Academia de Belas Artes de Paris, de 1785 a 1789, e na Escola de Pontes e Pavimento, futura Escola Técnica, onde se tornou professor de desenho. Foi premiado em 1791 e expôs no Salão de Paris em 1798 e em 1805. Neste ano, a tela exposta foi Napoleão prestando homenagem à bravura malsucedida, que foi adquirida pelo governo, e rendeu-lhe, menção honrosa no Instituto da França. A queda de Napoleão, a restauração da monarquia, além da separação da mulher e a morte de seu único filho, possivelmente facilitaram sua decisão de juntar-se à chamada “missão artística francesa”, reunida com o objetivo de promover o ensino artístico no Brasil. Desembarcou em 1816 no Rio de Janeiro, onde tornou-se o pintor oficial da Corte, retratando cenas da nobreza, seus cerimoniais e os mais importantes eventos. Em paralelo a essas atividades, percorreu várias cidades do país, representando suas paisagens, costumes e cenas do cotidiano. Foi nomeado cenógrafo do Real Teatro São João e ministrou aulas de pintura histórica na Academia Imperial de Belas Artes, que começou suas atividades efetivamente em 1826, com um número considerável de discípulos. Em 1829, organizou a Exposição da Classe de Pintura de História da Academia, primeira mostra pública de arte no Brasil, que deu origem às Exposições Gerais, com prêmios oficiais. Permaneceu no Brasil após o retorno de d. João VI a Portugal, servindo ao imperador d. Pedro I, de quem recebeu a comenda da Ordem de Cristo. Com a abdicação de d. Pedro licenciou-se da Academia Imperial de Belas Artes e retornou à França onde publicou uma de suas obras mais conhecidas, o livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, publicada entre 1834 e 1839. Em 1837, o governo lhe concedeu uma pensão como reconhecimento pelos serviços prestados ao Brasil. Morreu em Paris, em 28 de junho de 1848.


Bibliografia

BANDEIRA, Júlio; CONDURU, Roberto; XEXÉO, Pedro Martins Caldas. A missão francesa. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

BITTENCOURT, Gean Maria. A missão artística francesa de 1816. 2. ed. refund. Fot. Marcel Gautherot. Petrópolis: Museu de Armas Ferreira da Cunha, 1967.

LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.

TAUNAY, Affonso d’Escragnolle. A missão artística de 1816. Rio de Janeiro: Tipografia do Jornal do Commercio; Rodrigues & C., 1912.

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