Nasceu no Rio de Janeiro, no dia 16 de fevereiro de 1832, filho de Manuel Pantaleão Vidal e de Ana Foster Vidal. Em 1847, ingressou na Marinha como aspirante a guarda-marinha,  tornando-se guarda-marinha em 1850. Lutou na Guerra do Paraguai (1864-1870), que reuniu Brasil, Argentina e Uruguai contra as forças de Solano López. Recebeu diversas promoções ao longo de sua trajetória militar: segundo-tenente (1853), primeiro-tenente (1857), capitão-tenente (1867), capitão de fragata (1868), capitão de mar e guerra (1877), contra-almirante (1890), vice-almirante (1891). Assumiu diferentes cargos em sua trajetória profissional, estando à frente do Arsenal da Marinha de Ladário e da Companhia de Imperiais Marinheiros, ambos da província de Mato Grosso, da Divisão Naval do 3º Distrito Naval do Pará, da Intendência da Marinha, do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (1889-1890), do Estado-Maior General da Armada, da Escola da Marinha e do Colégio Naval. Era presidente do Clube Naval por ocasião da Proclamação da República. Em 1891, foi nomeado ministro da Marinha, em substituição a Eduardo Wandenkolk, na administração de Deodoro da Fonseca, chefe do governo provisório da República e primeiro presidente republicano, em meio a uma crise política. Em sua gestão, reorganizou as escolas de aprendizes-marinheiros e o Corpo de Engenheiros Navais, além de criar a Repartição da Carta Marítima do Brasil, a partir da unificação das repartições de Faróis, Hidrográfica e Meteorológica. Deixou o cargo depois da renúncia de Deodoro da Fonseca, e foi substituído por Custódio de Melo, em virtude do agravamento da crise política em que fora fechado o Congresso Nacional e decretado o primeiro estado de sítio, após a promulgação da Constituição, e a com a assunção do vice-presidente Floriano Peixoto. Recebeu as medalhas da Passagem do Tonelero e a geral da campanha do Paraguai, tendo sido agraciado ainda com títulos da Ordem Militar de Aviz, de cavaleiro da Imperial Ordem do Cruzeiro e comendador da Ordem de São Bento de Aviz. Morreu no Rio de Janeiro, em 16 de julho de 1915.

 

Daniela Hoffbauer
Jul. 2023

 

Bibliografia

CAMINHA, Herick Marques. Organização e administração do Ministério da Marinha na República. Brasília: Fundação Centro de Formação do Servidor Público; Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1986. (História Administrativa do Brasil, v.36)

FAUSTO, Boris. História do Brasil. 13. ed. São Paulo: Edusp. 2010.

MELO, Roberta C. Lei, ordem e progresso: uma genealogia da noção de ordem no Exército Brasileiro. Dissertação (Mestrado em Estudos Estratégicos da Defesa e Segurança) – Instituto de Estudos Estratégicos, Universidade Federal Fluminense, 2020. Disponível em: https://encr.pw/bqSqb. Acesso em: 7 jul. 2023.

VIDAL, Fortunato Foster. In: ABREU, Alzira Alves de (coord.). Dicionário histórico-biográfico da Primeira República (1889-1930). Rio de Janeiro: Editora FGV. Disponível em: https://shre.ink/9r7R. Acesso em: 5 jul. 2023.