O presidente da República, João Goulart (1961-1964), vacina seus dois filhos em Brasília, 1962.

 

O tema da vacinação ganhou enorme relevância após a pandemia da covid-19. A rapidez no desenvolvimento de um imunizante foi fundamental no enfrentamento da doença. No século XIX, uma das maiores preocupações sanitárias foi a varíola, que desde o período colonial acometia de forma endêmica e epidêmica diversas regiões do Brasil. Em 1804, a vacina da varíola foi introduzida no Brasil e tornada obrigatória em várias capitanias, mas essas medidas não foram suficientes para conter os surtos da doença na colônia. Em 1811, com a criação da Junta da Instituição Vacínica da Corte, estabeleceu-se um órgão permanente responsável pela vacinação. A situação sanitária da capital do Império, com a recorrência dos surtos epidêmicos, levou à ampliação da estrutura voltada à saúde pública e, em 1846, foi criado o Instituto Vacínico do Império. Esse processo de expansão da estrutura administrativa teve continuidade no período republicano. Em 1900, o Instituto Soroterápico Federal, criado pela prefeitura do Distrito Federal para produção de soros e vacinas contra a peste bubônica, foi incorporado à administração pública federal e rebatizado como Instituto Oswaldo Cruz, em 1917. Pelo regulamento do Departamento Nacional de Saúde Pública, aprovado em 1920, o Instituto Oswaldo Cruz passaria a centralizar o estudo e a produção da vacina antivariólica no país, o que seria ampliado ao longo de sua trajetória, tornando-a uma instituição de referência no país e uma das maiores produtoras mundiais de vacinas.

 

Referência da imagem

Arquivo Nacional, Fundo Agência Nacional, BR_RJANRIO_EH_0_FOT_PRP_08265_d0004de0004