Nasceu em Lisboa, Portugal, em 1755. Formou-se em direito pela Universidade de Coimbra e exerceu cargos da magistratura, como corregedor em Vila Viçosa, desembargador na Casa de Suplicação, deputado da Junta de Comércio e desembargador do Paço, este no período em que a corte portuguesa se encontrava no Rio de Janeiro. Homem de confiança de d. João, foi ministro de várias pastas, chegando a acumular, em caráter ordinário e efetivo, as do Reino, Erário Régio e Negócios Estrangeiros e da Guerra, entre 1818 e 1820. Defensor do regime Absolutista, opôs-se a liberais ilustres como o conde de Palmela, ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, e promoveu intensa campanha contra as sociedades secretas, em especial a maçonaria, colaborando na edição de atos legais que exigiam autorização do Estado para o funcionamento de congregações e associações de pessoas. Apoiava a ideia de se manter a corte no Rio de Janeiro como forma de preservar as prerrogativas absolutas da coroa em terras brasileiras, livre das ameaças liberais que impregnavam Lisboa. Não teve sucesso em seu intento e voltou com a comitiva de d. João para Portugal em 1821, onde foi proibido de desembarcar pelas Cortes. Autor de importantes trabalhos nas áreas de direito e economia, teve alguns de seus escritos apresentados na Real Academia das Ciências de Lisboa. Fidalgo cavaleiro da Casa Real e detentor dos títulos da Ordem da Torre e Espada e da Ordem de Cristo. Morreu em Lisboa, em 1839.
Bibliografia
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SERRÃO, Joel. Thomas Antônio Villanova Portugal. In: Dicionário da história de Portugal. Lisboa: Iniciativas Editoriais, 1971.
SILVA, Paulo Napoleão Nogueira da. Crônica de d. João VI. Rio de Janeiro: Ed. Biblioteca do Exército, 2005.