Nasceu em Lisboa, Portugal, em 4 de dezembro de 1752. Formou-se em leis pela Universidade de Coimbra e seguiu carreira na magistratura, tendo sido designado para servir na Relação do Porto e na Casa de Suplicação. Nomeado governador e capitão-general da Bahia em 1788, em 1800 tornou-se vice-rei do Estado do Brasil, retornando a Portugal ao término de seu governo. Em 1805 foi designado presidente do Conselho Ultramarino, e conselheiro de Estado. Retornou ao Brasil com a comitiva da família real, em 1808. Durante a administração joanina assumiu diversos cargos e exerceu a função de ministro assistente do despacho do Real Gabinete quatro dias após a chegada da corte ao Brasil. Nomeado para a presidência do Erário Régio, assumiu também a Secretaria dos Negócios do Brasil – que, a partir de 1815 passaria a se chamar “do Reino” – e a dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. Foi membro do Conselho da Fazenda, presidente da Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação, além de provedor das obras da Casa Real. Em 1808 recebeu a comenda da Ordem da Torre e Espada e ingressou nos quadros militares como capitão da 7ª Companhia do 3° Regimento de Infantaria da guarnição da Corte. Foi agraciado por d. João com o título de conde em 17 de dezembro de 1808 e o de marquês em 1813. Morreu no Rio de Janeiro, em 24 de janeiro de 1817, tendo sido sepultado na Igreja de São Francisco de Paula.
Bibliografia
FILHO, Mello Barreto; LIMA, Hermeto. História da polícia do Rio de Janeiro: aspectos da cidade e da vida carioca (1565-1831). Rio de Janeiro: A Noite, 1939.
MALERBA, Jurandir. A corte no exílio: civilização e poder no Brasil às vésperas da Independência (1808 a 1821). São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
ZÚQUETE, Afonso Eduardo Martins. Nobreza de Portugal: bibliografia, biografia, filatelia, genealogia, heráldica, história, nobiliarquia, numismática. Lisboa: Enciclopédia, 1960-1961.