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ção de um sistema de classificação documental; a regulamentação

dos procedimentos para consulta do acervo; o projeto de uma aula

de diplomática e o estabelecimento do cargo de cronista, com o ob-

jetivo de escrever a história do Brasil após a independência. Outra

medida importante dessa administração foi a criação de um progra-

ma editorial,

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em 1886, quando foi lançada a primeira publicação

do Arquivo Público, o

Catálogo das cartas régias, provisões, alvarás,

avisos, portarias..

.

Iniciaremos este texto abordando o surgimento dos arquivos nacio-

nais, o estabelecimento da história como disciplina e a criação do

arquivo brasileiro nesse contexto. Faremos também um panorama

institucional do Arquivo Público do Império, desde sua fundação até

o início da administração Portela, para em seguida tratar das ati-

vidades realizadas e tentar entender a dinâmica dos trabalhos na

instituição, seus êxitos e dificuldades.

As principais fontes utilizadas foram os relatórios anuais da direção,

apresentados ao Ministério do Império, e o ”Plano provisório da clas-

sificação de documentos do Arquivo Público” (Plano, s.d.). Com esse

material foi possível estudar o primeiro grande projeto institucional

de ampliação, inventário, organização, preservação e classificação

do acervo. Contribui-se, desse modo, para a elaboração da história

das práticas arquivísticas no Arquivo Nacional, através da apresen-

tação de dados como a quantidade de documentos enviados para a

instituição em determinados períodos, o número de caixas adquiri-

das para o acondicionamento e preservação do acervo, e a metodo-

logia usada para elaboração do “Plano de classificação”. Além disso,

apresentamos, na íntegra, o

“Plano provisório da classificação de do-

cumentos do Arquivo Público” (Anexo), quadro de arranjo idealizado

por Joaquim Pires Machado Portela que nortearia os trabalhos pelas

décadas seguintes.

4

 Sobre o programa editorial do Arquivo Nacional, ver Lourenço (2014).