Nasceu em Porto Alegre, província do Rio Grande do Sul, em 9 de setembro de 1845. Era filho de João Batista Augusto Costallat e de Maria Atanásia Macedo da Fontoura Costallat. Seu irmão, José Alípio Macedo da Fontoura Costallat, também ingressou na carreira militar, foi comandante do Colégio Militar (1894-1904) e da Escola Militar da Praia Vermelha (1904). Fez os estudos preparatórios em Porto Alegre, no Colégio Gomes, mudou-se para o Rio de Janeiro e ingressou na Escola Central, que viria a ser denominada Escola Politécnica. Em 1863, assentou praça no Exército e transferiu-se para a Escola Militar. Em 1865, integrou as tropas brasileiras que derrotaram o então presidente do Uruguai, Atanásio da Cruz Aguirre, e garantiram a posse de Venâncio Flores. Participou da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), que reuniu Brasil, Argentina e Uruguai contra as forças paraguaias de Solano López. Esteve em importantes batalhas, como a do Tuiuti (1866), o assalto às fortificações de Humaitá (1868) e a tomada de Peribebuí (1869). Concluiu o curso de artilharia, em 1871, e o de engenharia militar, em 1873, formando-se ainda bacharel em matemática e ciências físicas pela Escola Central. Em 1874, iniciou carreira no magistério, foi professor da Escola Central, da Escola Militar, onde atuou ainda como secretário, e da Escola Superior de Guerra. Em sua carreira nas forças armadas, assumiu o comando de diversas organizações militares e altos cargos, como comandante da Escola Militar (1892 e 1900-1902), ajudante-general do Exército (1893 e 1897) e chefe do Estado-Maior do Exército (1904). Teve relevante atuação à frente das tropas federais no combate à Revolução Federalista (1893-1895), no Rio Grande do Sul, e à Revolta da Armada, no Rio de Janeiro. Em 1894, foi nomeado ministro da Guerra e da Indústria, Viação e Obras Públicas, pelo presidente Floriano Peixoto, tendo assumido ainda a pasta da Marinha entre junho e julho daquele ano. Em 1902, foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Militar. Em sua trajetória militar, foi alferes-aluno (1865), segundo-tenente (1866), primeiro-tenente, capitão (1869), major (1880), tenente-coronel (1888), coronel (1890), general de brigada (1893) e marechal (1893). Morreu no Rio de Janeiro, em 8 de dezembro de 1904.
Daniela Hoffbauer
Maio 2022
Bibliografia
BIBIANO Sérgio Macedo da Fontoura Costallat. In: MEMÓRIA Justiça Militar da União. Disponível em: https://bit.ly/3va1nSx. Acesso em: 25 abr. 2022.
PAULA, F.; PONDÉ, A. Organização e administração do Ministério do Exército. Brasília: Escola Nacional de Administração Pública; Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1994. (História Administrativa do Brasil, v. 37).
COSTALLAT, Bibiano. In: DICIONÁRIO Histórico-Biográfico da Primeira República (1889-1930). Disponível em: https://bit.ly/3rS5X66. Acesso em: 19 abr. 2022.