

esses dois institutos, e como gerente da Companhia Nacional de Álcalis. Iniciou sua
carreira política no Partido Social Democrático (PSD), elegendo-se deputado federal em
diferentes legislaturas (1951, 1955, 1959, 1963). No governo de Juscelino Kubitschek foi
nomeado ministro da Justiça e Negócios Interiores (1959) e assumiu, interinamente, os
ministérios das Relações Exteriores (1959) e da Saúde (1961), além de ter coordenado
a assistência às vítimas das inundações do Nordeste (1960). Após a instauração do
bipartidarismo, em 1966, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de
apoio ao governo pelo qual se elegeu mais uma vez deputado federal. No governo do
general Ernesto Geisel, ocupou novamente o Ministério da Justiça (1974), e teve sua
passagem na pasta marcada pela condução do projeto de lei para a fusão dos estados
da Guanabara e do Rio de Janeiro (1975), a reforma eleitoral instituída pela Lei Falcão
(1976), a reforma do Judiciário, o chamado Pacote de Abril (1977) e a aprovação de uma
nova Lei de Segurança Nacional (1978). Fora do governo, publicou o livro de memórias
Tudo a declarar
(1989). Morreu no Rio de Janeiro em 10 de fevereiro de 2010.
Augusto Tavares de Lira
15.11.1906 a 18.6.1909
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6.3.1918 a 1.4.1918 (interino)
Nasceu em Macaíba, Rio Grande do Norte, em 25 de dezembro de 1872. Advogado,
professor e jornalista, formou-se pela Faculdade de Direito do Recife em 1892. Exerceu
em seguida os mandatos de deputado estadual (1893), deputado federal (1894) e
presidente do estado do Rio Grande do Norte (1904). Assumiu o Ministério da Justiça
e Negócios Interiores no governo Afonso Pena, deixando o cargo em virtude da morte
do presidente antes da conclusão do mandato. Foi senador pelo seu estado natal (1910),
ministro da Viação e Obras Públicas, de 1914 a 1918, e, por duas vezes, interinamente,
ministro da Fazenda (1916 e 1918). Ocupou mais uma vez o Ministério da Justiça e
Negócios Interiores, dessa vez como interino, e foi ainda, a partir de 1919, ministro
e presidente do Tribunal de Contas da União, pelo qual se aposentou (1941). Além de
participar como mediador de conflitos no Rio Grande do Sul durante a revolução gaúcha
(1923), foi professor em diversas faculdades, sócio fundador do Instituto Histórico e
Geográfico do Rio Grande do Norte e autor de extensa bibliografia. Morreu no Rio de
Janeiro em 21 de dezembro de 1958.
Augusto Viana do Castelo
15.11.1926 a 24.10.1930
Nasceu em Curvelo, Minas Gerais, em 8 de outubro de 1874. Formou-se pela Faculdade
de Direito de São Paulo em 1893 e atuou como promotor da comarca de Curvelo até
1918. Exerceu o mandato de deputado federal em diferentes legislaturas (1906-1914 e
1921-1926), tendo sido membro atuante da Comissão de Finanças e da comissão criada
para estudar os problemas relacionados à habitação das cidades brasileiras. Secretário
da Agricultura, Indústria, Viação e Obras Públicas de Minas Gerais (1926), assumiu
o Ministério da Justiça e Negócios Interiores e manteve-se no cargo até a deposição
do presidente da República Washington Luís pela Revolução de 1930. Após exílio na
Europa, retornou ao Brasil e dedicou-se a atividades empresarias e à direção do jornal
O Estado de Minas
, participando também do movimento cultural modernista. Morreu no
Rio de Janeiro em 26 de setembro de 1953.