

Uladislau Herculano de Freitas
12.8.1913 a 15.11.1914
Nasceu em Arroio Grande, Rio Grande do Sul, em 25 de novembro de 1865. Formou-
se na Faculdade de Direito de São Paulo (1889), na qual se tornou lente substituto
(1890), lente catedrático (1891) e diretor (1925). Foi chefe de polícia no Paraná (1889),
deputado estadual em São Paulo (1892), deputado federal (1894 e 1924) e senador
estadual em São Paulo (1907 e 1922). Ocupou o cargo de presidente do Paraná (1890),
tendo elaborado o projeto de Constituição estadual. Foi ainda secretário da Justiça
e Segurança Pública do estado de São Paulo (1919) e ministro da Justiça e Negócios
Interiores durante a presidência do marechal Hermes Rodrigues da Fonseca (1910-
1914). Em 1925, foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal. Morreu no Rio de
Janeiro em 14 de maio de 1926.
Urbano Santos da Costa Araújo
3.12.1918 a 28.7.1919
Nasceu em Guimarães, Maranhão, em 3 de fevereiro de 1859. Formou-se pela
Faculdade de Direito do Recife em 1882. Em seu estado natal, ocupou diversos cargos
na magistratura, entre os quais o de promotor público do Baixo-Mearim e Câmara do
Rosário, e juiz municipal de Coroatá e São Vicente Ferrer. Foi deputado federal (1897,
1900 e 1903) e senador (1906) pelo Maranhão, e presidente desse estado em três ocasiões
(1898, 1913 e 1918). Vice-presidente da República durante o governo de Venceslau
Brás (1914-1918), assumiu a Presidência interinamente em setembro e outubro
de 1917. Ocupou o cargo de ministro da Justiça e Negócios Interiores no governo
de Delfim Moreira (1918-1919). Reeleito vice-presidente da República em 1922,
quando Artur Bernardes elegeu-se presidente, não chegou a tomar posse. Morreu na
viagem de São Luís do Maranhão para o Rio de Janeiro, no paquete Minas Gerais,
em 7 de maio de 1922.
Vicente Paulo Francisco Rao
24.7.1934 a 7.1.1937
Nasceu na cidade de São Paulo, em 16 de junho de 1892. Formou-se em filosofia,
letras e direito na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Paulo (1911) e
na Faculdade de Direito de São Paulo (1912). Em 1926, foi um dos fundadores do
Partido Democrático (PD) nesse estado. Apoiou a candidatura de Getúlio Vargas à
presidência da República e tornou-se chefe de polícia de São Paulo após a Revolução
de 1930. Envolvido na Frente Única Paulista (FUP), movimento vinculado à derrotada
Revolução Constitucionalista de 1932, exilou-se na França. De volta ao país, participou
da formação do Partido Constitucionalista de São Paulo (1934) e da fundação da
Universidade de São Paulo (USP), na qual foi professor. Nomeado ministro da Justiça
e Negócios Interiores (1934) no governo Vargas, idealizou a Lei de Segurança Nacional
(1935) e foi o responsável pelo fechamento da Aliança Nacional Libertadora (ANL)
em 1935 e pela criação da Comissão Nacional de Repressão ao Comunismo em 1936.
Afastou-se do governo em 1937 e reassumiu o cargo de professor da Faculdade de Direito
da USP. Demitido em 1939 por manifestar-se contra o regime, somente em 1941 voltou
a lecionar. No segundo governo Vargas, foi ministro das Relações Exteriores (1951).
Morreu em São Paulo, em 19 de janeiro de 1978.