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atuando ou não na formação das principais estruturas que caracterizaram a exploração

agrícola em território brasileiro.

É preciso também destacar, desde o início, os limites que cercam nossas

intenções nesse trabalho. Estamos particularmente interessados em uma concepção do

Estado português como um todo, e naquelas iniciativas que, na maior parte das vezes,

foram impostas de cima pra baixo; ou seja, deixaremos de lado a atuação das câmaras

municipais, sem, no entanto, deixar de reconhecer sua importância no processo de

formação da agricultura colonial e guardando o estudo dessa participação para um

próximo trabalho. Não nos aprofundaremos também no

modus operandi

que

caracterizou o funcionamento dos órgãos e cargos identificados como ligados à

administração da agricultura, uma vez que nos empenharemos mais na reconstrução

das tendências indicadas pela criação dos mesmos, contextualizando-os dentro do

âmbito de políticas de Estado adotadas pela metrópole em relação à sua colônia no

Brasil.

A esta Introdução segue uma segunda seção em que buscamos rever e

estabelecer algumas características particulares que consideramos essenciais para a

compreensão do nosso objeto, sobretudo as ligadas à conjuntura econômica do

processo colonizador e do modelo administrativo português em geral. A seguir, a

terceira parte destaca as formas como o Estado português interferiu na atividade

agrícola, tomando-se por base as características estabelecidas na seção anterior. A

quarta seção trata dos sistemas complementares, ou seja, dos gêneros agrícolas que se

desenvolveram perifericamente aos produtos tradicionais de exportação e que, dada

sua importância crescente no contexto socioeconômico da colônia, receberam atenção

dentro do corpo das políticas metropolitanas.