

José Joaquim Seabra
15.11.1902 a 28.5.1906
Nasceu em Salvador, Bahia, em 21 de agosto de 1855. Formou-se na Faculdade de
Direito do Recife (1877), onde passou a lecionar a partir de 1880. Promotor público
em Salvador, ingressou na política e elegeu-se deputado constituinte (1890) e deputado
federal (1891). Opôs-se ao presidente da República Floriano Peixoto e foi exilado.
Anistiado em 1895, elegeu-se deputado federal para diferentes legislaturas (1897, 1900,
1909 e 1933) e presidente da Bahia (1912 e 1920). No governo de Rodrigues Alves,
assumiu o Ministério da Justiça (1902) e, interinamente, o das Relações Exteriores
(1902), e durante a presidência do marechal Hermes da Fonseca foi nomeado ministro
da Viação e Obras Públicas (1910). Elegeu-se senador (1917) e foi candidato derrotado
à Presidência da República em 1922. Seu último mandato político foi interrompido em
1937, com a instauração do Estado Novo. Morreu no Rio de Janeiro em 5 de dezembro
de 1942.
José Martiniano de Alencar
16.7.1868 a 10.1.1870
Nasceu em Macejana, Ceará, em 1º de maio de 1829. Formou-se pela Faculdade de
Direito de São Paulo em 1850. Membro do Partido Conservador, foi nomeado pelo
ministro da Justiça Nabuco de Araújo diretor da Segunda Seção da Secretaria de Estado
dos Negócios da Justiça (1859). Assumiu mais tarde o cargo de consultor (1861) da
pasta da Justiça, da qual se tornaria titular, finalmente, em 1868. Abandonou a política
em 1869 ao ser excluído, pelo imperador d. Pedro II, do pleito para senador por sua
província natal. Considerado um dos mais importantes escritores românticos do país,
sua extensa produção divide-se em romances, poesias, escritos políticos, obras teatrais,
ensaios e trabalhos filológicos. Entre seus romances mais conhecidos, destacam-se
O
Guarani, Iracema e Senhora
. Jornalista, foi colaborador do
Correio Mercantil
e redator-
chefe do
Diário do Rio de Janeiro
(1855). Morreu no Rio de Janeiro em 12 de dezembro
de 1877.
José Martins Rodrigues
27.8.1961 a 8.9.1961
Nasceu em Quixadá, Ceará, em 2 de setembro de 1901. Formou-se pela Faculdade
de Direito de Fortaleza em 1922. Elegeu-se deputado estadual (1925), mas teve seu
mandato interrompido pela Revolução de 1930. De 1935 a 1943, foi secretário do
Interior e da Fazenda no Ceará e, em 1945, filiou-se ao Partido Social Democrático
(PSD), pelo qual se elegeu deputado federal (1954 e 1958). Nomeado ministro da
Justiça (1961) pelo presidente interino Pascoal Ranieri Mazzilli, foi um dos principais
negociadores da emenda constitucional n. 4, de 2 de julho de 1961, que implantou
o regime parlamentarista de governo, o que possibilitou a posse de João Goulart na
Presidência da República. Cumprindo mandato de deputado federal, com a instauração
do bipartidarismo foi um dos fundadores, em 1966, do Movimento Democrático
Brasileiro (MDB). Em 1967 participou da Frente Ampla, movimento que reivindicava
o restabelecimento da democracia no país. Em 1969 teve seu mandato cassado e os
direitos políticos suspensos por dez anos pelo AI-5. Foi membro do Conselho Nacional
de Educação (1947) e consultor jurídico do Conselho Nacional de Águas e Energia
Elétrica (1950). Morreu em Brasília, em 24 de junho de 1976.