

Juraci Montenegro Magalhães
19.10.1965 a 14.1.1966
Nasceu em Fortaleza, Ceará, em 4 de agosto de 1905. Cursou a Escola Militar do
Realengo (1923), no Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Lugar-tenente na guarnição
de João Pessoa, Paraíba, desempenhou papel de destaque na deflagração da Revolução
de 1930 no Nordeste e foi nomeado por Getúlio Vargas interventor federal na Bahia
(1931). Fundou, em 1933, o Partido Social Democrático (PSD) daquele estado, onde se
elegeu, indiretamente, governador (1935), cargo ao qual renunciou após o golpe de 1937
e a instauração do Estado Novo. Com a redemocratização do país em 1945, filiou-se à
União Democrática Nacional (UDN) e elegeu-se deputado constituinte pela Bahia (1945)
e senador (1954), tornando-se presidente nacional do partido em 1957. Preterido pela
UDN como candidato à Presidência da República em favor de Jânio Quadros, voltou
ao governo da Bahia (1959). Participou da articulação política que levou ao golpe civil-
militar de 1964, que depôs o presidente João Goulart. Assumiu o Ministério da Justiça
(1965) e o das Relações Exteriores (1966) no governo do marechal Castelo Branco. Foi
ainda presidente da Companhia Vale do Rio Doce (1951) e da Petrobras (1954), tendo se
dedicado à iniciativa privada após o fim do governo Castelo Branco (1967). Morreu em
Salvador, em 2 de maio de 2001.
Lafaiete Rodrigues Pereira
5.1.1878 a 28.3.1880
Nasceu em 28 de março de 1834 em Queluz, Minas Gerais, cidade rebatizada, em sua
homenagem, Conselheiro Lafaiete. Formou-se na Faculdade de Direito de São Paulo em
1857 e, recém-formado, atuou como promotor público em Ouro Preto. Integrante do
Partido Liberal, presidiu as províncias do Ceará (1864) e do Maranhão (1865), elegendo-
se depois deputado geral (1877). Crítico da monarquia no início de sua trajetória
política, apareceu como signatário do manifesto republicano de 1870. No entanto,
assumiu a Secretaria de Estado dos Negócios da Justiça (1878) no gabinete liderado por
Cansansão de Sinimbu e foi nomeado conselheiro de Estado, senador (1880) e presidente
do Conselho de Ministros (1883). Jornalista, fundou o jornal
Atualidade
e escreveu nos
periódicos
Le Brésil
,
Diário do Povo
,
Opinião Liberal
e
A República
. Autor de
Direito de
família
(1869) e
Direito das coisas
(1877), dois importantes trabalhos na área jurídica, foi
eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1909. Morreu no Rio de Janeiro em 29 de
janeiro de 1917.
Lúcio Soares Teixeira de Gouveia
20.11.1827 a 18.6.1828
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22.11.1828 a 4.12.1829
Nasceu na vila de Mariana, Minas Gerais, em 9 de maio de 1782. Formou-se em direito
na Universidade de Coimbra, Portugal, em 1804. Fez carreira na magistratura do Brasil,
inicialmente em Vila Boa de Goiás (1812-1815) e em Paracatu (1815-1821), onde foi juiz
de fora e juiz da alfândega. Exerceu o cargo de desembargador da Casa da Suplicação e
elegeu-se deputado às Cortes Gerais Constituintes da Nação Portuguesa pela província de
Minas Gerais (1821), cuja bancada permaneceu no Rio de Janeiro em apoio a d. Pedro e
à criação de um poder legislativo no Brasil. Deputado provincial na Assembleia Geral do
Império Brasileiro (1826-1829), defendeu, na Comissão de Instrução Pública, a criação
de um curso jurídico no Brasil. Nomeado ministro de Estado dos Negócios da Justiça
em 1827 e 1828, tornou-se depois senador (1837), tendo sido vice-presidente do Senado
(1838). Morreu no Rio de Janeiro em 21 de novembro de 1838.