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ouvidor em Mato Grosso (1826) e desembargador do Tribunal da Relação da Bahia (1827).
Tomou posse na Casa de Suplicação da Corte (1828), mas voltou para sua província
natal e reingressou na Relação da Bahia, da qual foi presidente (1840), aposentando-
se como membro do Supremo Tribunal de Justiça (1848). Pela Bahia, foi deputado
constituinte (1823), deputado provincial (1826), deputado geral (1843) e senador (1844).
Presidiu as províncias de Alagoas (1829), Espírito Santo (1830), Minas Gerais (1831),
Rio Grande do Sul (1831 e 1846) e Bahia, interinamente (1835). Assumiu por duas vezes
a Secretaria de Estado dos Negócios do Império (1839 e 1840) e foi ministro da Justiça
em 1844, quando também passou a integrar o Conselho de Estado. Foi agraciado com os
títulos de cavaleiro (1828) e comendador (1831) da Imperial Ordem de Cristo. Morreu no
Rio de Janeiro em 21 de março de 1850.
Manuel da Silva Mafra
1.2.1882 a 3.7.1882
Nasceu em Desterro, atual Florianópolis, Santa Catarina, em 12 de outubro de 1831.
Formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1855. Em Santa Catarina, atuou
como promotor público (1855) e juiz de direito em São José, e juiz municipal de órfãos
em Desterro. Liberal, foi diretor da instrução, deputado provincial (1860, 1868, 1872,
1878, 1880) e deputado geral (1882, 1885). Presidiu a província do Espírito Santo (1878)
e ocupou a pasta da Justiça (1882) no gabinete de Martinho Álvares da Silva Campos.
Juiz de direito em Pernambuco, Paraná e Minas Gerais, foi também juiz da vara da
Provedoria do Rio de Janeiro (1889), aposentando-se como juiz do Tribunal Civil e
Criminal dessa cidade. Publicou inúmeros textos jurídicos, destacando-se a
Exposição
histórico-jurídica por parte do estado de Santa Catarina
, dossiê sobre a demarcação das
fronteiras entre esse estado e o do Paraná (1895). É patrono da cadeira 33 da Academia
Catarinense de Letras. Morreu em Niterói, Rio de Janeiro, em 1908.
Manuel Ferraz de Campos Sales
18.11.1889 a 22.1.1891
Nasceu em Campinas, São Paulo, em 13 de fevereiro de 1841. Formou-se pela Faculdade
de Direito de São Paulo em 1863. No Império, filiou-se ao Partido Liberal e elegeu-
se deputado provincial (1867). Assinou o Manifesto Republicano (1870) e foi um dos
organizadores da Convenção de Itu, realizada em 1873, na qual se deu a fundação do
Partido Republicano Paulista (PRP). Foi vereador por Campinas (1872), deputado
provincial (1881 e 1888) e deputado geral (1885). Com a instauração da República
(1889), tornou-se membro do Governo Provisório e, a partir de 18 de novembro,
primeiro ministro da Justiça do novo regime, cabendo-lhe adaptar as instituições
jurídicas do país à nova realidade. Senador constituinte (1891) e presidente de São
Paulo (1896), elegeu-se à presidência da República em 1898. Em seu governo instituiu-se
a chamada “política dos governadores”, que consistia numa composição de apoio mútuo
entre o governo federal e os grupos dominantes aliados em cada estado, que perduraria
por toda a República Velha. Senador (1909), foi nomeado ministro plenipotenciário
do Brasil na Argentina (1912), mas não assumiu o cargo. Morreu em Santos, em 28 de
junho de 1913.
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