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Vargas. Em 1966 integrou a comissão encarregada de elaborar um anteprojeto de

Constituição que incluísse a legislação de exceção, como os atos institucionais, mas

deixou os trabalhos por ser contrário, sobretudo, às eleições indiretas. Advogado, resistiu

ao AI-5 (1968) e defendeu, depois de 1978, a anistia para os exilados políticos. Foi um

dos organizadores e primeiro diretor da Faculdade de Direito de Natal (1949), presidente

do Conselho e da Ordem dos Advogados do Brasil (1954), e do Instituto dos Advogados

do Brasil (1970). Morreu no Rio de Janeiro em 29 de abril de 1993.

Milton Soares Campos

15.4.1964 a 11.10.1965

Nasceu em Ponte Nova, Minas Gerais, em 16 de agosto de 1900. Formou-se na Faculdade

de Direito de Belo Horizonte em 1922. Tendo apoiado a Revolução de 1930, foi nomeado

advogado-geral de Minas Gerais (1932). Elegeu-se deputado estadual constituinte (1934)

em seu estado natal pelo Partido Popular (PP), mas teve seu mandato interrompido

pelo golpe de 1937, que instaurou o Estado Novo. Na oposição, assinou o Manifesto dos

Mineiros (1943), carta em defesa da redemocratização do país, motivo pelo qual perdeu

o cargo de advogado da Caixa Econômica Federal (1944). Foi um dos fundadores da

União Democrática Nacional (UDN), pela qual se elegeu deputado federal constituinte

(1945), governador de Minas Gerais (1947), deputado federal (1954) e senador (1958).

Participou da articulação política que levou ao golpe civil-militar de 1964, que depôs o

presidente João Goulart, e tornou-se ministro da Justiça no governo do marechal Castelo

Branco. Com a instalação do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional

(Arena) e foi novamente senador (1966). Foi um dos fundadores da seção mineira da

Ordem dos Advogados do Brasil (1932), diretor-presidente do Banco Nacional de Minas

Gerais (1944) e conselheiro fiscal dessa instituição (1945), além de professor de política

da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Morreu em

Belo Horizonte, em 16 de janeiro de 1972.

Nelson Azevedo Jobim

1.1.1995 a 7.4.1997

Nasceu em Santa Maria, Rio Grande do Sul, em 12 de abril de 1946. Formou-se em

direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1968. Foi professor do

Departamento de Direito da Universidade Federal de Santa Maria (1973), da Fundação

Universidade de Brasília (UnB, 1987), da Escola Superior do Ministério Público do Rio

Grande do Sul e da Escola Superior de Magistratura da Associação dos Juízes do Rio

Grande do Sul (1980). Deputado federal constituinte (1987) pelo Partido do Movimento

Democrático Brasileiro (PMDB), atuou na Comissão da Organização dos Poderes e

Sistema de Governo e na Comissão de Sistematização, e foi líder (1988) e vice-líder

(1990) do PMDB na Constituinte. Na Câmara dos Deputados, presidiu a Comissão de

Constituição e Justiça e de Redação (1989), e participou da comissão que apreciou a

denúncia de crime de responsabilidade contra o presidente Fernando Collor de Melo

(1992). Reeleito deputado federal (1991), exerceu o mandato até 1995, quando foi

nomeado ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso, deixando o cargo

para se tornar ministro (1997) do Supremo Tribunal Federal (STF). De 2001 a 2003, foi

presidente do Tribunal Superior Eleitoral e de 2004 a 2005, do STF. Nomeado ministro da

Defesa (2007) no governo Luiz Inácio Lula da Silva, permaneceu no cargo até agosto de

2011, já no governo da presidente Dilma Rousseff. Presidiu a subseção da Ordem dos

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