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Caderno Mapa n.7 - A Secretaria de Estado do Negócios Estrangeiros e a consolidação das relações exteriores no Brasil

Introdução

riada pelo decreto de 13 de novembro de 1823, que separou as atribuições da antiga

Secretaria de Estado dos Negócios do Império e Estrangeiros em duas novas pastas, a

Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros, assim como as demais secretarias de

Estado que vigoraram após a independência brasileira em 1822, teve sua origem na administração

portuguesa e foi instalada no Brasil por ocasião da transferência da corte joanina em 1808. O termo

“Secretaria de Estado” é análogo a “ministério” e é possível observar as duas denominações na

legislação ao longo dos períodos joanino e monárquico. A mesma prática também é visível nas

designações dos cargos de “secretário de Estado” e de “ministro”, ou ainda “ministro e secretário de

Estado”.

C

O presente trabalho aborda a trajetória administrativa da Secretaria de Estado dos Negócios

Estrangeiros no período imperial brasileiro, a partir de suas raízes portuguesas no século XVIII. Desse

modo, começamos tratando das reformas das secretarias de Estado em Portugal, avançando pelo

período joanino e pelos primeiros anos do Brasil independente. Em seguida, analisamos os aspectos

administrativos da estrutura central da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros, fundada

oficialmente em 1823, contextualizando suas transformações e buscando elencar alguns aspectos

relevantes da política exterior do Império brasileiro.

Foram utilizadas como fontes para a produção deste estudo as portarias, decretos, leis do Império e

os relatórios ministeriais da pasta dos Estrangeiros, que se constituem um precioso material para a

compreensão da dinâmica administrativa da secretaria. Além do artigo, esta publicação disponibiliza, em

seu anexo, um conjunto de planilhas com informações sobre a Secretaria de Estado dos Negócios

Estrangeiros e sobre cada um dos órgãos que constituíram sua estrutura administrativa central. As

planilhas são precedidas de uma nota técnica que explica a metodologia adotada, assim como algumas

especificidades e decisões tomadas para melhor execução da pesquisa. O anexo apresenta ainda uma

série de organogramas, que servem como índice remissivo para a localização das planilhas de cada um

dos órgãos que compuseram a estrutura da secretaria, e um quadro dos ministros que chefiaram a pasta

dos Estrangeiros no período estudado.

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