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descontentes, mas a posse foi garantida

com um “golpe preventivo” comandado

pelo então ministro da Guerra, general

Henrique Teixeira Lott. O tumulto inicial,

no entanto, não seria a tônica do governo

de Juscelino Kubitschek. Sua gestão foi

marcada por uma certa estabilidade,

ancorada numa política econômica

nacional-desenvolvimentista que combinava

a participação do Estado, o empresariado

nacional e o capital estrangeiro na

promoção do desenvolvimento, com ênfase

na industrialização.

O presidente ficou conhecido por seu lema

dos “cinquenta anos de progresso em cinco

anos de governo”, que compreendeu um

Programa de Metas com objetivos diversos

e dividido nas áreas de alimentação,

educação, energia, indústria de base e

transporte, além da construção de Brasília,

que seria inaugurada em 1960.

A euforia do desenvolvimento industrial

em grande escala se defrontou, contudo,

com o aumento dos gastos governamentais

e o declínio do comércio exterior, que

resultaram em déficit do orçamento federal.

Assim, da mesma forma que seus antecessores,

o governo JK foi marcado por problemas

financeiros e pelo avanço da inflação.

Crise e fim do período democrático

Juscelino Kubitschek foi sucedido na

Presidência por Jânio Quadros, candidato

vitorioso das eleições de 1960 pelo Partido

Trabalhista Nacional (PTN), que recebeu o

apoio da UDN. O mandato de Jânio durou

apenas seis meses. Nesse curto espaço de

tempo, ele tentou implementar uma política

externa independente, aproximando-se dos

países socialistas, mas a ausência de base

política e uma forte oposição contribuíram

para sua renúncia.

Assumiu, então, o vice João Goulart,

eleito por outra legenda, o PTB, como

permitia a Constituição de 1946. A

oposição a Goulart, que estava em viagem

fora do país, era grande. Mas a iminência

de uma tentativa de golpe empreendida

A renúncia do presidente Jânio Quadros deu início a um conturbado processo de

sucessão presidencial, levando à adoção do sistema parlamentarista e à campanha pela

legalidade da posse do vice-presidente João Goulart

Arquivo Nacional

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