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técnico do acervo no início da década de 1980. Elaborou-se uma metodologia

singular, a partir do levantamento e análise da legislação colonial, que priorizava

a transformação dos órgãos e cargos, especialmente suas estruturas e

competências, o que permitiu reconstituir o aparato administrativo que a

metrópole portuguesa instalou no Brasil. Ao longo do tempo, a metodologia foi

sendo paulatinamente adaptada, adotando critérios que conciliavam: a) as

demandas impostas pelo tratamento do acervo e pela identificação dos fundos

internos; b) a criação de um setor de arquivo intermediário que apontava na

direção de recolhimentos de conjuntos documentais a partir da década de 1930;

c) os cortes temporais já consagrados pela historiografia e a escassez de

estudos para determinados períodos; e d) a necessidade de padronização das

informações para futura montagem de uma base de dados, chamada de “base

MAPA”, que incluía a necessária elaboração da ficha modelo para coleta de

informação.

Inicialmente, durante a implantação definitiva da base em 1986, a

metodologia orientava a implantação de órgãos por ministério, mas verificou-se

que a complexidade e instabilidade da administração pública brasileira

dificultavam a adoção deste parâmetro, sendo mais simples o acompanhamento

de sua evolução pela função administrativa, por exemplo: agricultura, saúde,

educação, etc. Por outro lado, o projeto original foi redimensionado de forma a

acumular informações sistematizadas sobre a administração pública brasileira

em diferentes períodos, permitindo sua recuperação automatizada. A partir daí,

buscou-se retratar a trajetória dos órgãos da administração pública, direta ou

indireta, desde sua criação até sua extinção, registrando suas seguidas

transformações. Para tanto, definiu-se órgão como qualquer segmento

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