funcionava menos voltada para o passado e mais orientada pela necessidade
crescente de obter informações rápidas e imediatas (DUCHEIN, 1978, p. 1).
Passados mais de trinta anos, há consenso nos mais diferentes campos
científicos de que as novas tecnologias de informação causaram uma profunda
transformação em todos os ramos da atividade humana, cujas dimensões ainda
não estão claramente definidas. As dificuldades em analisar concretamente as
implicações das transformações sociais, culturais e econômicas na sociedade
atual provém da falta de estabilidade no domínio digital, não apenas por sua
trajetória ainda muito recente, mas também pelo ritmo acelerado de suas
mudanças (LEVY, 1999, p. 24).
Desde o final do século XX, os inúmeros desafios colocados pela utilização
das novas ferramentas tecnológicas em nossas atividades profissionais, que
criou categorias como de letramento digital para o aprendizado de novas
competências, nos colocou frente ao dilema da rápida mutação em relação ao
saber e a obsolescência do conhecimento (LEVY, 1999, p. 157). Se, por um lado, a
percepção de que o mundo tal como conhecíamos já não se apresentava
disponível, por outro, abriram-se novas possibilidades a partir da apropriação
destas novas tecnologias em nossos métodos de trabalho. Dessa forma, as
instituições arquivísticas não passaram imune às inovações técnicas advindas
da informática, especialmente pelo aumento da capacidade da sociedade em
“
gerar, reunir, recuperar e examinar e utilizar dados com objetivos os mais
variados”
(BELLOTTO, 2004, p. 299).
Diferentes autores tem se dedicado a analisar de que maneira a
convergência entre a informática e as novas formas de comunicação colocaram
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