mudanças em sua estrutura e hierarquia. são fundamentais para o tratamento e
organização da documentação por ele produzia
Ainda que esta relação entre a história e a arquivística não se constitua
nenhuma novidade, já que há uma certa naturalização desta perspectiva
quando se trata dos arquivos permanentes, vistos como o território por
excelência do historiador, a gestão de documentos não prescinde da pesquisa
sobre a história institucional. Pelo contrário, é a ação do arquivista em todo ciclo
de vida do documento que garantirá a preservação do patrimônio documental
de uma sociedade (JARDIM, 1995, p. 5).
Para uma aplicação segura dos procedimentos arquivísticos, é imprescindível
possuir conhecimentos do contexto administrativo da produção do documento,
especialmente aqueles referentes à estrutura organizacional e às funções do
organismo produtor, que podem possuir um papel fundamental na solução das
dúvidas e dificuldades, teóricas e práticas, que surgem na definição de um fundo
de arquivo. Assim, o conhecimento histórico-administrativo constitui-se um
instrumental que garante maior segurança e estabilidade ao trabalho do
arquivista no tratamento dos documentos produzidos e acumulados pelos
órgãos no exercício de suas funções públicas, garantindo não só a manutenção
da relação orgânica entre o produtor e suas atividades administrativas, como
também permite a melhor compreensão do “conteúdo, forma e estrutura dos
documentos arquivísticos” (TOMASSEM, 2006, p. 11). O contexto sócio-politico,
cultural e econômico da produção de um arquivo só nos é dado a conhecer pelo
estudo da história administrativa, o que assegura o acesso a este acervo tanto
pela administração quanto pelo cidadão, através de instrumentos de pesquisa
eficientes que retratem as mudanças enfrentadas pelos organismos produtores.
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