originou o aumento da produção de documentação arquivística como
demandou o acesso rápido e seguro às informações arquivísticas, visando a
tomada de decisão e o estabelecimento de políticas pública
s 1. Logo, o Estado se
consolidou como campo prioritário para discussão sobre procedimentos para o
tratamento de grandes massas documentais, consolidando o “alargamento do
domínio arquivístico” que se verificava desde o início do século XX (ROUSSEAU,
COUTURE, 1998, p. 46)
. 2Neste contexto, em que o arquivista tornou-se um “gestor da informação”, às
suas competências já reconhecidas desde o século XIX somaram-se novas
capacidades, como a de definir o que irá constituir a memória de uma instituição
(idem, p. 47). Por outro lado, podemos detectar ainda, como parte deste cenário,
o aprofundamento dos princípios arquivísticos e sua adequabilidade à gestão de
informação, que se reverte no aprimoramento de métodos de tratamento da
produção documental e num esforço de padroniza
ção da terminologia e da
descrição arquivística, com a elaboração de dicionários e de normas técnicas
. 3A história e o tratamento da informação pública
A mudança de paradigma no campo da arquivística, que vem sendo
apontada por inúmeros autores, impôs ao arquivista assumir seu papel ativo na
1
No caso do Brasil não poderíamos deixa de assinalar o processo de redemocratização e a
Constituição de 1988 como importantes marcos que asseguram o acesso a inúmeros direitos,
notadamente o direito à informação, ampliando a participação da sociedade civil, o que
instituiria novas demandas ao Estado.
2
Este alargamento do domínio arquivístico “fez-se em duas direções: por um lado os arquivos
ultrapassaram, de certo modo, a administração e anexaram praticamente os arquivos
administrativos; por outro, um domínio novo, com dimensões consideráveis, abriu-se, o dos
arquivos privados e dos arquivos de empresas” (
apud
ROUSSEAU, COUTURE, 1998, p. 46).
3
Sobre
esta questão ver COOK, 2007.
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