construção da memória social no mundo pós-moderno,
“(...) deixando o cuidado
daqueles artefatos físicos (os documentos) para passar à pesquisa e ao
entendimentos das funções e atividades dos criadores de documentos, e dos
processos correlatos de gerações de registros, para que os arquivos possam
efetivamente ser criados” (COOK, 1998, p. 143).
Na verdade, a importância da pesquisa histórica dentro do universo das
instituições arquivísticas esteve sempre relacionada a um dos princípios mais
caros desta disciplina e que “rege todas as intervenções arquivísticas”:o princípio
da proveniência, ou respeitos ao fundos, para organização dos conjuntos
documentais (ROUSSEAU, COUTURE, 1998, p. 79). Tal princípio “consiste em
manter agrupados, sem misturá-los a outros, os arquivos (…) provenientes de
uma administração, de uma instituição ou de uma pessoa física ou jurídica
(DUCHEIN, ago. 1986, p. 14). Porém, conforme ressalta Michel Duchei
n 4 ,ainda
que pela prática do princípio de respeito aos fundo se distingua o próprio campo
do arquivista, é mais fácil defini-lo do que aplicá-lo (Idem). Mesmo que se
reconheça as vantagens de sua aplicação, especialmente quanto a garantia da
integralidade do arquivo, um dos fatores que dificultam seu emprego é a
necessidade do conhecimento do organismo produtor do arquivo ao longo de
sua existência. Para tanto, é necessário que se tenha informações sobre os
instrumentos legais que nortearam a existência jurídica do organismo ao longo
de sua trajetória, uma vez que as mudanças por ele enfrentadas estarão
refletidas na sua produção documental. Assim, informações como sua data de
criação e/ou extinção, seu nome e variações, suas atribuições e as possíveis
alterações, como acréscimo, supressão ou transferência, bem como as
4
DUCHEIN, 1986, p. 14-33.
5