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a arquivologia e o profissional de arquivo frente a novos problemas, impondo

revisões de conceitos, a transformação de procedimentos e o estabelecimento

de novos paradigmas. Podemos constatar ainda o surgimento de novas áreas de

pesquisa, com a incorporação de novos objetos, dada a necessidade de adequar

problemas no armazenamento, no processamento da informação e,

especialmente, na preservação de documentos em diferentes suportes, além do

acesso.

Podemos considerar como um dos desdobramentos deste amplo processo a

discussão em torno das bases teórico-metodológicas da arquivologia, seus

objetos e sua interface com outras áreas de conhecimento. Marcada em suas

origens pelos aspectos pragmáticos vinculados às práticas burocráticas que

visavam a eficácia e a eficiência na guarda e preservação dos arquivos,

notadamente os públicos, o debate em torno da chamada “ruptura do

paradigma” e de sua constituição como campo científico, orientou a teoria e

prática da arquivologia para um esforço de delimitação e fundamentação

(FONSECA, 2005, p. 55-73).

É importante ressaltar ainda que a administração pública não ficou imune a

este processo. Pelo contrário, a utilização de novas tecnologias foi rapidamente

incorporada como importante facilitador no gerenciamento da informação

governamental, ainda que algumas vezes de forma setorizada e descontínua. O

complexo funcionamento do Estado, o estabelecimento de políticas públicas e o

atendimento das demandas da sociedade, relacionam-se “diretamente com sua

ação produtora, receptora, ordenadora e disseminadora de informações”

(JARDIM, 1999, p. 29). Assim, o uso das novas tecnologias da informação pelos

governos, aliada a novas necessidades impostas pela sociedade, não apenas

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