Previous Page  23 / 250 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 23 / 250 Next Page
Page Background

Um império em tempos de crise

O período regencial

A abdicação de d. Pedro I, em 7 de abril de 1831, representou a

vitória da corrente política que pretendia imprimir à organização

política do Império um viés federalista, encerrando a submissão das

províncias à excessiva centralização das decisões políticas no Rio de

Janeiro e abrindo a possibilidade de construção de um Estado, ainda

que unitário, capaz de acolher os interesses provinciais e de trazer as

elites locais para o palco político. Os primeiros anos da Regência foram

caracterizados por experiências de cunho descentralizador que atestam

o domínio do Partido Liberal até 1837, como a criação da Guarda

Nacional, a edição do Código do Processo Criminal e a aprovação

do ato adicional à Constituição. Assinado em 1834, o ato instituiria

o federalismo no Brasil, estabelecendo as assembleias legislativas

provinciais, extinguindo o Conselho de Estado, interditando o uso do

Poder Moderador e promovendo um novo arranjo político, que definiu a

divisão constitucional das competências do governo central