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Caderno Mapa n.9- A Secretaria de Estado do Negócios da Fazenda e o Tesouro Nacional

Observações

1. A legislação só oferece uma competência explícita para Tesouraria-mor em 1829, pelo decreto de 23

de janeiro. Antes disso, é possível identificar o cargo de Tesoureiro-mor já na estrutura do Erário em

Portugal, pelo alvará de 22 de dezembro de 1761, que diz ser responsabilidade do Tesoureiro-mor

garantir junto aos chefes das repartições que as contas dos respectivos livros de receita e despesa

estejam em dia, dando conta ao Inspetor-geral, bem como controlar a chave do cofre. Já no Brasil, o

alvará de 28 de junho de 1808 determina que a apuração do balanço anual do Erário deveria ser feito

após apuração das contas das Contadorias e das deduções do livro de receita e despesas da Tesouraria-

mor.

2. Apesar do Erário Régio ter sido criado oficialmente em 11 de março de 1808, a primeira

regulamentação do órgão só foi expedida meses depois, em 28 de junho, onde foi definida formalmente

sua estrutura.

3. Segundo o alvará de 28 de junho de 1808, o porteiro e os contínuos serviriam também nas

contadorias gerais e demais estações onde o tesoureiro-mor os mandasse ter exercício.

4. O regulamento do Erário de 28 de junho de 1808 faz referência a existência, na Tesouraria-mor, de

um fiel que deveria atuar como Pagador. O decreto de 2 de dezembro de 1811, no entanto, já localiza

este fiel como empregado “na Pagadoria” da Tesouraria, o que vai de acordo com o decreto de 23 de

janeiro de 1829, que identifica a Pagadoria como uma repartição, ainda ligada à Tesouraria-mor.

5. O decreto de 5 de setembro de 1808 estabeleceu no Real Erário a Diretoria e Administração da

Extração Diamantina, tendo como diretores o Tesoureiro-mor,o diretor-geral da primeira contadoria e

o Escrivão da Mesa, todos sob inspeção do presidente do Erário.

6. O decreto de 23 de janeiro de 1829 estabelece que o balanço do ano findo e o orçamento do período

seguinte seriam elaborados na Tesouraria, mas sob organização do Escrivão da Mesa do Tesouro.

7. De acordo com o decreto de 23 de janeiro de 1829, as repartições de Fazenda e os agentes privados

encarregados da arrecadação deviam enviar suas contas ao Tesouro e o Tesoureiro-mor as encaminharia

para a Contadoria das Colônias, onde seria realizado o trabalho de analisar a legalidade e a precisão

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