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A Missão era chefiada pelo contra-almirante Vogelgesang, já conhecido na Escola Naval de

Guerra por ter sido o chefe dos instrutores americanos naquela repartição entre os anos 1918 e

1920. Composta inicialmente, por 16 oficiais de diferentes patentes, cinco instrutores possuíam

experiência em construção naval, alguns tendo ocupado, inclusive, cargos de direção do Arsenal

de Marinha de Nova York, o arsenal mais antigo dos Estados Unidos. Outros integrantes ocupavam

cargos na administração central da Marinha norte-americana, havendo ainda professores de

escolas navais e comandantes de embarcações. A Missão tomou parte nos mais diversos assuntos

concernentes ao ministério, consagrando a importância da cultura militar estadunidense na

Marinha brasileira nesse período (VAL, 2013, p. 27-28).

Essa influência pode ser verificada na reorganização do Ministério da Marinha promovida

com o decreto n. 16.237, de 5 de dezembro de 1923 (CAMINHA, 1989, p. 51). Tal reestruturação

estabeleceu uma divisão entre órgãos de consulta e órgãos de execução, todos subordinados ao

ministro. O Conselho do Almirantado continuou a ser o órgão de consulta por excelência em todas

as questões que o ministro submetesse a estudo. O Estado-Maior da Armada era um órgão de

direção superior, com a competência de organizar, preparar e operar as forças navais de modo que

mantivessem o estado e eficiência e preparo para a guerra, devendo suas ordens ser

consideradas como emanadas do próprio ministro. Tal reestruturação estabeleceu uma divisão

entre órgãos de consulta e órgãos de execução, todos subordinados ao ministro. Ao Conselho do

Almirantado, o órgão de consulta por excelência, cabiam todas as questões que o ministro

submetesse a estudo. Ao Estado-Maior da Armada, órgão de direção superior, competia organizar,

preparar e operar as forças navais de modo que mantivessem o estado e eficiência e preparo para

a guerra, devendo suas ordens ser consideradas como emanadas do próprio ministro.

O referido decreto também estabeleceu diretorias técnicas

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como órgãos de direção

superior que seriam chefiadas por um diretor-geral, auxiliado por um vice-diretor, que também

deveria substituí-lo quando fosse necessário. As diretorias seriam subdivididas em divisões, e

estas em seções e subseções. Ao longo do processo de execução, tal organização sofreu

mudanças, algumas propostas pela Missão. Nesse sentido, a Diretoria de Ensino não foi

organizada, ficando suas atribuições com a Diretoria de Pessoal. Assim, As escolas de aprendizes e

de grumetes, por exemplo, ficaram subordinadas a esta última diretoria. No caso das escolas

Naval e Naval de Guerra, continuaram sendo subordinadas ao ministro (CAMINHA, 1989, p. 51).

No que concerne à administração do ministério e suas repartições, a terceira gestão de

38. As chamadas Inspetorias tiveram o seu nome modificado para Diretorias através deste decreto.